A Saga dos Capelinos

Albert Paul Dahoui nasceu no Rio de Janeiro, em 1947, sendo neto de diplomata francês que se apaixonou pelo Brasil, tendo se aposentado no nosso país. Albert Foi educado pelo avô, diplomata, herói da primeira guerra, “Chevalier da Legion d’honneur, e durante mais de doze anos viajou por países do oriente, como China, Índia, Sri Lanka, Egito, Áden (atual Iêmen do Sul), além dos países europeus tradicionais como França, Inglaterra e Itália.
No Brasil, Albert morou em várias cidades entre elas Recife, São Paulo e Rio de Janeiro. Formou-se em ciências econômicas no Rio de Janeiro, tendo sempre trabalhado na área comercial. Sua experiência profissional engloba empresas multinacionais como Souza Cruz, Grupo Paramount Lã-Sul, Moore, Unisys e Hunter Douglas em funções de direção. Nestas empresas teve a oportunidade de continuar suas viagens internacionais, tendo visitado os Estados Unidos e a Europa, por diversas vezes.

Albert teve contato com o mundo espiritual quando tinha por volta dos vinte e dois anos, tendo descoberto suas respostas no meio de uma tempestade de angústia existencial. Com seu espírito perscrutador, vindo de anos do mais radical materialismo, só se convenceu da existência do espírito, após profundos estudos sobre o assunto que levaram anos de intensa busca. Além disto, sua mente eclética procurou nos mais diversos assuntos as respostas para as mais comezinhas perguntas existenciais. Neste período de mais de vinte anos, teve a chance de ler os mais diferentes assuntos, tais como astronomia, filosofia, religião, teologia e muitas outras disciplinas.
Há muito tempo, estudando os livros espiritualistas descobriu os capelinos, e sentiu-se atraído pelo assunto. No entanto, a matéria ficou adormecida por mais de quinze anos, quando após escrever um livro não publicado de filosofia e economia, convenceu-se de que o assunto era por demais árido para atrair as pessoas. Por outro lado, sempre foi atraído pelas histórias do André Luiz, apreciando lhe de sobejo a forma clara e ampla de explanar através de histórias os mais intrincados problemas espirituais. Deste modo, subitamente, em sua mente, houve o casamento de dois assuntos que sempre o atraíram, os capelinos e a história da Terra, sendo que seria apresentado em forma de romance. 

O livro foi tomando forma com uma lentidão angustiante. O assunto estava mal resolvido em sua mente. As datas não eram claras e os locais não eram precisos. Foi neste instante que Albert passou a ter intuições que o levariam a formular a história básica. Os livros de pesquisa foram aparecendo em suas mãos trazidos pelo fortuito destino. Ele era guiado por mãos invisíveis a estantes esquecidas no fundo de bibliotecas e livrarias quando os livros lhe pulavam à mão, dando-lhe subsídios de importância culminante.
A história da saga dos capelinos foi tomando forma sob mais de 1.600 páginas de aventuras, amores, agonias, êxtases e indizíveis sofrimentos de inúmeros personagens. Foi neste período de dois anos que todos os seus pensamentos foram canalizados para a história que fugiria de seu controle. Os personagens tomaram vida e conduziam à narrativa. O autor perdeu a vontade própria para se entregar à volúpia da existência de cada personagem, desde os mais tenebrosos demônios até os seres de elevada estirpe sideral.
As intuições o avassalavam constantemente como se ele estivesse sob intenso bombardeio. As revelações foram se tornando um lugar comum, ao mesmo tempo em que, quando a história tomava um rumo imprevisível sob suas mãos nervosas, uma intuição lhe dizia que não fora desta forma que as coisas haviam acontecido, obrigando-o a rever capítulos inteiros, rasgar o que havia sido escrito e reescrever de modo a satisfazer a voz interior. Para tal, esta voz usava de todos os meios válidos. Mostrava-lhe livros que desmentiam sua versão fantasiosa, obrigando-o a retornar a outra realidade. Apresentava-lhe pessoas que lhe ilustrava coisas obscuras e situações que lhe revelavam verdades eternas escondidas sobre o véu da ignorância.
Finalmente, o trabalho estava terminado, mas não estava pronto. A luta para encontrar um editor e, mesmo depois disto, para adequar a história à realidade econômica, exigiu e consumiu tempo e determinação. As páginas intermináveis viraram sete livros de uma série para ser mais facilmente digerível e palatável ao gosto dos leitores. O suspense foi então criado, porquanto personagens que aparecem em dois livros desaparecem em outros, enquanto que um fio os liga a todos: são os grandes espíritos que governam nossos destinos, mas nos dão plena liberdade. É a sapiência divina se manifestando através da dúvida, pois só ela é capaz de construir. A certeza é imobilista, enquanto a imprecisão é edificante.

Ligações Externas:

A Saga dos Capelinos na Saraiva

 

Mauricio R B Campos
Enviado por Mauricio R B Campos em 28/02/2015
Reeditado em 02/01/2024
Código do texto: T5153597
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