Hospedaria* do mundo
 
     A  criação poética, na  visão do autor.

     Meu coração jamais duvida da veracidade de um poema, mesmo quando é perceptivelmente fantasia, nonsense, palavras ao vento. Não duvida do pensamento, da tristeza, do amor ou de qualquer sentimento ali exposto. Não duvida porque reconhece em cada um deles a expressão da vida, a fonte do amor, dos sonhos, da esperança, da luta entre o bem e o mal e de todas as verdades nascidas no coração do poeta.
     Meu coração nunca duvida porque sabe que um poema é sempre visão de mundo, expressão da vida, dos sentimentos, da inquietação, da alegria, da força, da dúvida, da fé ou do cansaço dessa mesma vida. É nele que se grita a dor e se acha a sua cura. É nele que se desenha a alma, que se alimenta os sonhos.
Reconhecer tudo isso não torna o ato de escrever mais simples. Traduzir o mundo com um olhar humanizado, sensível e tolerante, enxergar poesia no cotidiano não é tarefa das mais fáceis, mas, ao fazê-lo, o poeta diviniza-se.
     Eu poderia dizer mil coisas mais sobre esse sentimento de encanto, sobre a minha impressão de leitura dos poemas de Eduardo, amigo querido com que a Literatura me presenteou, mas direi apenas que é poesia de vida limpa e digna, como o caminhar dos que a ela se entregam, com ela se emocionam e por ela buscam seu lugar no mundo.
     A palavra hospeda todos os significados e a palavra bem dita de Eduardo em Hospedaria é forte, plural e sensível. É a tradução do cotidiano de alguém que demonstra não ter medo das palavras nem do que elas representam.
     Escrito com as letras da vida, o livro é mesmo uma hospedaria de palavras ávidas de sonho, prenhes da capacidade de dizer simplesmente o que quiserem, de serem contagiadas pelos delírios do poeta e transformadas em poemas, em belas expressões do ser que sempre quer mais vida e sonho.
     Em Hospedaria, Eduardo se veste de lirismo e, feito malabarista, atira-se nas palavras e com elas joga, brinca, assume riscos, solidão, medo e ousadia, pergunta, responde, anuncia-se e mais que tudo, deixa bem claro que faz poesia para confirmar o que pensa, o que é e o que sente.
Em Hospedaria há poemas para todos os gostos e tempos da vida. Sirva-se!
  Edna Lopes-Educadora e Poeta


*Esta é a apresentação do livro Hospedaria  do Poeta Eduardo Souza Oliveira, o Eduardo Proffa, músico, professor de Educação Física especialista em Handebol das redes pública estadual e privada de Maceió -AL . Foi na linda noite de sábado, 14/03,  momento mais que especial. Algumas fotos do evento, que incluiu leitura dos poemas e um bate papo sobre poesia, poemas, poetas...


Papeando sobre o livro com a jornalista Gal Monteiro.


Conversando sobre a Poesia no livro, nas nossas histórias de vida

Poemas  e mais poemas ao vento...