Antes que seja tarde(Sexta parte)
Dona Sueli não suportava conhecer aquele lado da filha. Foi para o quarto e lá ficou pensativa em como ia conversar com Dr Castilho. Luísa Carla foi atrás dela e bateu na porta:
_ Por favor mamãe não fique zangada comigo.
_ Estou triste minha filha o que é muito diferente. Pudia esperar tudo de você, menos isso.
_ Não podia aceitar a idéia da loucura mamãe. Era demais para min.
_ Filha! _ Abraçou-a cautelosa: _ Você agia como uma insana e depois o Senhor Alencastro Guimarães só fez o que achava certo;
_ Não mamãe ele não fez o que achava certo. Ele fez o que era melhor para ele. _ Pausa soluçando: _ Hoje o encontrei no cemitério e sabe o que ele fez, me acusou de ser a culpada tanto da morte do Marcos Luís quanto do fato dele está inválido.
Arregalou os olhos angustiados, temerosa:
_ Como é?
_ Sim, mamãe, aconteceu de novo.
E caiu num pranto copioso:
Tinha que ter uma explicação para tantas desgraças juntas. Não restava dúvidas que Luísa Carla tinha parte com bruxaria. E tudo porque se atreveu a procurar aquela maldita mulher. Aquela maldita mulher. E foi na casa dele. Tinha que ir falar com ele. O Senhor Alencastro Guimarães estava na sala quando viu a mulher no jardim. Lembrou que Maria Emília cuidava das rosas e só ela as colhia como ninguém e se aproximou:
_ Você aqui?
_ Sim senhor, vim lhe falar e é algo muito sério.
_ Como se atreve?
_ Do mesmo modo que se atreveu a culpar minha filha por tudo o que aconteceu.
_ E não é obra de bruxaria o que me aconteceu e ao meu filho?
_ Como pode ser tão mesquinho?. Ninguém mais que minha filha está sofrendo com essa morte estúpida.
_ E se ela não é uma bruxa o que a senhora fazia naquele casebre?
_ Isso não é da sua conta_ Ia se retirar quando ele a pegou no braço:
_È sim porque você sabe o quanto nos amamos naquele dia.
_ Você me obrigou.
_ Você já era dona do seu nariz e não foge do assunto.
_ Então pare de fazer mal a sua filha.
_ Como é?
_ Isso mesmo, Luísa Carla é sua filha.
Marcos Luís estava próximo dele e escutou a conversa de ambos se revoltando no centro de recuperação, se negou a tomar os medicamentos ao saber que havia se casado com sua irmã e agora queria que fosse feito justiça e o seu pai haveria de pagar por terem escondido isso a vida inteira( O espírito se materializa e tanto fala como ouve) Os socorristas não puderam evitar que ele caisse nas portas da ruina outra vez. O ódio o desejo de vingança a angustia também sobrecaem como descargar negativas na elevação espiritual.
No quarto Luisa Carla Sentou no tapete se sentindo culpada por tudo. Que saudades sentia de Marcos Luis. Como lhe apertava o coração e era impossível aceitar sua morte apesar de ter se passado sete anos.
Badabá Badabá Dabadabá dabadabá
Ouviu o som da caixinha de música era o mesmo que o da marcha nupcial. Abriu o armário e pegou-a com carinho quando tocaram a campainha e Lolita abriu a porta. Era outro buquê de rosas e um cartão. Lolita levou para ela:
_ Chorando senhora.
_ Não foi nada Lolita é que...
_ Já soube que fugiu do hospício.
Luísa ignorou o comentário abrindo o cartão.
Dos seus cabelos perfume e desejo
Da sua pele carinho e apego
Dos seus olhos lágrimas e anseio
Nos seus lábios busco prazeres.
O telefone tornou a tocar e atendeu:
_ Alô
...
_ Alô!
...
Alô, alô, alõ!
Desligou pálida. Lolita fez com que ela se sentasse:
_ Viu só isso dona Luísa Carla, esse negócio de ficar andando por ai no cemitério, não pode dar em boa coisa.
_ Será que...
_ A senhora não pegou nenhuma flor de lá?
_ Claro que não, imagina!
_ Pois então preste atenção no que vou te contar. Li um conto que dizia que uma moça vivia indo no cemitério para ver os enterros. Um dia ela pegou uma flor e trouxe para casa. Logo começaram os telefonemas pedindo_ Devolve minha flor. o pai da moça procurou saber se não era trote e foi na telefonia depois na delegacia e os telefonemas não paravam até que um dia ela não supoortou mais e acabou no hospício.
_ Há...há...há...há! Caiu na risada Luciana!_ Oras que ridículo é lógico que isso daí é um conto do Drumond De Andrade quem não leu.
_ Eu não li. E o que a Lolita está dizendo não tem nada de ridículo.
_ As rosas de novo?_Ar de menosprezo:
_ Sim acabou de chegar. Tem alguém querendo brincar comigo e não me admiraria em nada se fosse você.
_ Ué, você não prevê as coisas então faça uma forcinha para ver se acha a chave desse mistério porque eu também quero saber.
Segurou-a pelo braço exigindo que saisse do seu quarto:
_ Isso não é da sua conta e estava muito bem até chegar voce, como sempre para atazanar a vida dos outros.
_ Como você atazanou a vida desse coitado quando usou aquela gravidez para conseguir se casar.
Enfiou-lhe a mão na cara no momento que dona Sueli chegava:
_ O quê?!
_ Gravidez que foi interrompida por causa de você Luciana_ Ela ia saindo quando Luísa Carla a segurou: _ Já que armou a fogueira agora aguenta.
Dona sueli não tinha palavras agora lembrava como impedia a filha de se juntar com Marcos Luis até que os dois brigaram feio por causa da caixinha de música que ganhou no dia do encontro no Parque Lage. Depois daquilo Marcos Luis foi para Itatiaia se sentindo muito mal por causa do estado da sua doença que por milagre parece que havia estacionado. Em Itatiaia recebeu Luciana que ficou lhe fazendo companhia. Quando Luísa Carla recebeu um bilhete anõnimo contando onde estava ela foi atrás, naquele dia chuvia muito e quando chegou pegou a charrrete se certificando com o caseiro que o rapaz estava na estrebaria. Como podia ser se disseram no bilhete que estava doente? Pensou ela a caminho quando ao entrar na estrebaria surpreendeu ambos nús e correu deseperada. Subiu na charrete e antes de dar a partida o raio seguido da trovoada assustou os cavalos da charrete e a jogaram no chão. A jovem começou a gritar então, os dois a socorreram levando-a para a santa casa mais próxima. o médico a atendeu e disse que a moça havia perdido o bebê.
Marcos Luís e Luciana prometeram não falar sobre isso com ninguém pois por causa da gravidez de mentira o casamento aconteceu.
_ Por favor mamãe não fique zangada comigo.
_ Estou triste minha filha o que é muito diferente. Pudia esperar tudo de você, menos isso.
_ Não podia aceitar a idéia da loucura mamãe. Era demais para min.
_ Filha! _ Abraçou-a cautelosa: _ Você agia como uma insana e depois o Senhor Alencastro Guimarães só fez o que achava certo;
_ Não mamãe ele não fez o que achava certo. Ele fez o que era melhor para ele. _ Pausa soluçando: _ Hoje o encontrei no cemitério e sabe o que ele fez, me acusou de ser a culpada tanto da morte do Marcos Luís quanto do fato dele está inválido.
Arregalou os olhos angustiados, temerosa:
_ Como é?
_ Sim, mamãe, aconteceu de novo.
E caiu num pranto copioso:
Tinha que ter uma explicação para tantas desgraças juntas. Não restava dúvidas que Luísa Carla tinha parte com bruxaria. E tudo porque se atreveu a procurar aquela maldita mulher. Aquela maldita mulher. E foi na casa dele. Tinha que ir falar com ele. O Senhor Alencastro Guimarães estava na sala quando viu a mulher no jardim. Lembrou que Maria Emília cuidava das rosas e só ela as colhia como ninguém e se aproximou:
_ Você aqui?
_ Sim senhor, vim lhe falar e é algo muito sério.
_ Como se atreve?
_ Do mesmo modo que se atreveu a culpar minha filha por tudo o que aconteceu.
_ E não é obra de bruxaria o que me aconteceu e ao meu filho?
_ Como pode ser tão mesquinho?. Ninguém mais que minha filha está sofrendo com essa morte estúpida.
_ E se ela não é uma bruxa o que a senhora fazia naquele casebre?
_ Isso não é da sua conta_ Ia se retirar quando ele a pegou no braço:
_È sim porque você sabe o quanto nos amamos naquele dia.
_ Você me obrigou.
_ Você já era dona do seu nariz e não foge do assunto.
_ Então pare de fazer mal a sua filha.
_ Como é?
_ Isso mesmo, Luísa Carla é sua filha.
Marcos Luís estava próximo dele e escutou a conversa de ambos se revoltando no centro de recuperação, se negou a tomar os medicamentos ao saber que havia se casado com sua irmã e agora queria que fosse feito justiça e o seu pai haveria de pagar por terem escondido isso a vida inteira( O espírito se materializa e tanto fala como ouve) Os socorristas não puderam evitar que ele caisse nas portas da ruina outra vez. O ódio o desejo de vingança a angustia também sobrecaem como descargar negativas na elevação espiritual.
No quarto Luisa Carla Sentou no tapete se sentindo culpada por tudo. Que saudades sentia de Marcos Luis. Como lhe apertava o coração e era impossível aceitar sua morte apesar de ter se passado sete anos.
Badabá Badabá Dabadabá dabadabá
Ouviu o som da caixinha de música era o mesmo que o da marcha nupcial. Abriu o armário e pegou-a com carinho quando tocaram a campainha e Lolita abriu a porta. Era outro buquê de rosas e um cartão. Lolita levou para ela:
_ Chorando senhora.
_ Não foi nada Lolita é que...
_ Já soube que fugiu do hospício.
Luísa ignorou o comentário abrindo o cartão.
Dos seus cabelos perfume e desejo
Da sua pele carinho e apego
Dos seus olhos lágrimas e anseio
Nos seus lábios busco prazeres.
O telefone tornou a tocar e atendeu:
_ Alô
...
_ Alô!
...
Alô, alô, alõ!
Desligou pálida. Lolita fez com que ela se sentasse:
_ Viu só isso dona Luísa Carla, esse negócio de ficar andando por ai no cemitério, não pode dar em boa coisa.
_ Será que...
_ A senhora não pegou nenhuma flor de lá?
_ Claro que não, imagina!
_ Pois então preste atenção no que vou te contar. Li um conto que dizia que uma moça vivia indo no cemitério para ver os enterros. Um dia ela pegou uma flor e trouxe para casa. Logo começaram os telefonemas pedindo_ Devolve minha flor. o pai da moça procurou saber se não era trote e foi na telefonia depois na delegacia e os telefonemas não paravam até que um dia ela não supoortou mais e acabou no hospício.
_ Há...há...há...há! Caiu na risada Luciana!_ Oras que ridículo é lógico que isso daí é um conto do Drumond De Andrade quem não leu.
_ Eu não li. E o que a Lolita está dizendo não tem nada de ridículo.
_ As rosas de novo?_Ar de menosprezo:
_ Sim acabou de chegar. Tem alguém querendo brincar comigo e não me admiraria em nada se fosse você.
_ Ué, você não prevê as coisas então faça uma forcinha para ver se acha a chave desse mistério porque eu também quero saber.
Segurou-a pelo braço exigindo que saisse do seu quarto:
_ Isso não é da sua conta e estava muito bem até chegar voce, como sempre para atazanar a vida dos outros.
_ Como você atazanou a vida desse coitado quando usou aquela gravidez para conseguir se casar.
Enfiou-lhe a mão na cara no momento que dona Sueli chegava:
_ O quê?!
_ Gravidez que foi interrompida por causa de você Luciana_ Ela ia saindo quando Luísa Carla a segurou: _ Já que armou a fogueira agora aguenta.
Dona sueli não tinha palavras agora lembrava como impedia a filha de se juntar com Marcos Luis até que os dois brigaram feio por causa da caixinha de música que ganhou no dia do encontro no Parque Lage. Depois daquilo Marcos Luis foi para Itatiaia se sentindo muito mal por causa do estado da sua doença que por milagre parece que havia estacionado. Em Itatiaia recebeu Luciana que ficou lhe fazendo companhia. Quando Luísa Carla recebeu um bilhete anõnimo contando onde estava ela foi atrás, naquele dia chuvia muito e quando chegou pegou a charrrete se certificando com o caseiro que o rapaz estava na estrebaria. Como podia ser se disseram no bilhete que estava doente? Pensou ela a caminho quando ao entrar na estrebaria surpreendeu ambos nús e correu deseperada. Subiu na charrete e antes de dar a partida o raio seguido da trovoada assustou os cavalos da charrete e a jogaram no chão. A jovem começou a gritar então, os dois a socorreram levando-a para a santa casa mais próxima. o médico a atendeu e disse que a moça havia perdido o bebê.
Marcos Luís e Luciana prometeram não falar sobre isso com ninguém pois por causa da gravidez de mentira o casamento aconteceu.