A Casa do Céu


A Casa do Céu foi publicado em 2013, mas a história real aconteceu em 2008.
O livro tem 445 páginas. A capa preta, com muitos pássaros, em dourado, alçando voo, Indicando liberdade, Indo ao infinito, para o céu.
Autoras – duas mulheres, sim – Amanda Lindhout e Sara Corbert e a tradução é de Ivar Panazzolo editado pela Editora Conceito.
Amanda conta sua história, real, dramática. Momentos de tristeza, mas nem tanto diante do que vem pela frente, porque sua origem é de pobreza, família desestruturada, o pai que se descobre homossexual e abandona a esposa e os filhos para viver sua vida. Nos momentos de crise Amanda busca refúgios em lugares nada salubres junto com o irmão. Procura nesses momentos a paz, e a felicidade em sonhar que um dia irá conhecer o mundo. Para tanto lê revistas e livros abandonados na lixeira do lugar onde mora. Além da revista National Geografic, lá encontrada, ela acha pequenos objetos que ela vende para comprar revistas usadas de mesma e ali estabelece sua meta de vida. Sonha com um mundo bonito como o mostrado na revista.

Aos dezenove anos vai trabalhar como garçonete num bar servindo bebidas. Ali consegue ganhar algum dinheiro e lança-se no escuro mundo desconhecido com pouquíssimo, dinheiro, uma mochila e revistas que ela guardou para esclarecer-se e, onde encontrou a amiga Sara que deixou no Canadá, por dois anos a sua espera.

Ela conta em detalhes cada lugar que conheceu, como vivia, onde dormia, como comia, quem a ajudava. Fez amigos, muitos amigos. Conheceu o prazer de ser livre, de poder ir e vir a não ser em sua terra natal, o Canadá. Voltou para o Canadá, para trabalhar em lanchonetes para novamente juntar dinheiro e voltar a viajar. Assim conheceu a América Latina, Laos, Bangladesh e Índia. Chegou ao Sudão ,Síria Paquistão.
Quando precisou de dinheiro resolveu, com a ajuda de um amigo com quem aprendeu a fotografar fatos, pessoas, e a articular textos que quando conseguia vender ajudava-a manter- se em viagem.
Em 2008, foi para a Somália. Ali encontrou -se com o sequestro de quase dois anos. Ali conheceu o lado feio e triste do mundo. Construiu sua Casa do Céu , seu refúgio imaginário em momentos de angustia aterradora, era a casa para onde fugia da desumanidade, da quase loucura.
E Amanda descobriu no ser humano a capacidade de provocar dor nos outros. Ali também descobriu sua força interior sua vontade de lutar e de vencer, de lutar por sua vida com coragem, determinação. Conseguiu no desespero ter esperança e compaixão. A Casa do céu a salvou, pois a amparou em seu desespero muitas vezes.
Amanda Lindhout, voltou para casa, restabeleceu-se, está feliz, fez a universidade e, atualmente, trabalha numa fundação - ela fundou uma casa de ajuda humanitária, voltou, pois à Somália, que ainda é um país violento, e ajuda mulheres, seres humanos ,vítimas de tortura e de violência de todo tipo.

É a história da resistência sobre si mesmo. Exemplo de resiliência, perdoou e continuou sua vida amando ao próximo. Amando o próximo. Precisa, para tal ter muita fé e grandeza de espiritual.
Amanda não aponta o dedo para o leitor e diz: você precisa mudar, você precisa ter paciência. Ela não se tornou juiz da sociedade, não se tornou dona do comportamento alheio. Ela realmente perdoou e dentro de suas condições ajuda pessoas necessitadas. Aprender a superar suas dores, aprendeu e apreendeu a arte da resiliência, que esta não é só discurso, para os demais ouvirem , mas ação voluntária, do íntimo do coração.

O livre é realmente empolgante. É lindo e prende o leitor do começo ao fim. “A gente chora, a gente ri”, o coração salta de raiva, de emoção. É Muito bom. No livro tem sua foto. Parece frágil, mas é só aparência. A danada revelou toda a sua força. É uma grande vencedor. Uma gigante.
MVA
Enviado por MVA em 09/07/2015
Código do texto: T5304752
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