Bibliotecas virtuais: (R)evolução?

Assis Silva

Há alguns anos a professora da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da UFRGS, Marília Levacov publicou um artigo muito interessante sobre bibliotecas virtuais . No qual ela procurou mostrar as razões para mudar para este novo jeito de armazenar informações. Ao longo de sua apresentação, procura mostrar a relevância de uma adequação aos novos meios de armazenamento de informações, através das mídias virtuais. Ao defender suas ideias, sempre se baseava no passado para apontar novos caminhos, “na Idade Média, as bibliotecas e as editoras eram o mesmo local (o scriptorium), administrado pelas mesmas pessoas (os monges escribas) e com tradições antigas e sólidas. ‘Os livros eram caríssimos, difíceis de produzir e de reproduzir’” (pág.9), pois assim como no passado teve-se receio do novo, atualmente também temos pessoas com o pé atrás, referente às bibliotecas virtuais. Afinal, são confiáveis e seguras ou não?

Na introdução mostra de forma rápida como na história foi mudando o modo de se guardar informações. As bibliotecas sofreram aperfeiçoamento ao longo da história; aborda alguns obstáculos a serem superados e o custo benefício das mídias virtuais que são bem mais baratas; a autora coloca as razões para mudar da biblioteca física para a virtual, as consequências e os desafios. O artigo toca em ponto crucial que é confiabilidade das informações midiáticas: “O (...) importante passa a ser o "acesso" e, com freqüência, a "confiabilidade" da informação” (pág. 3). É um dado relevante pois na internet qualquer um pode publicar, mentir, todos têm opiniões para tudo. Faz-se necessário essa cautela, investigar quem produziu tal informação, se é verás. Mas o que seria uma biblioteca virtual? Para alguns significa simplesmente a troca de informações via mídias eletrônicas abrangendo aplicativos com simples caracteres e outros com áudios, animações etc; outros acreditam que seria como que um grande depositário mundial onde se armazenaria todas as informações da humanidade. Embora o artigo toca em diversos pontos importantes para a mudança, tais como econômico, ético, deixou a desejar no que tange ao ecológico, tão enfoga ultimamente. Quão preservaria a natureza se fossem produzidos menos papeis para impressão de livros? Certamente muitas árvores não seriam derrubadas. Este último tópico, deixado de lado pela autora, também seria uma interessante razão de mudar e de investir em bibliotecas virtuais.

LEVACOV, Marília. Bibliotecas virtuais: (r)evolução? Ci. Inf. v. 26 n. 2 Brasilia May/Aug. 1997. Acesso: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-19651997000200003&script=sci_arttext.

Assis Silva
Enviado por Assis Silva em 10/02/2017
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