DO SILÊNCIO

Esse silêncio, com que me tomas, é incompreensível.
Tantas conjecturas são feitas em volta do vazio.
Uma chama de dúvidas se acende no invisível,
Que é a tua ausência, tua e de teu som tardio.

Interrogações se formam com pensamentos, avalio
Informações poucas que extraio do imprevisível.
Esse silêncio, com que me tomas, é incompreensível.
Tantas conjecturas são feitas em volta do vazio.

Decifrar o inimaginável, o abstrato, é inexequível.
É como atirar-se do alto, sem destino, num desafio,
Na esperança de lograr uma solução a tal nível,
Que dúvidas, constantes na mente, só num desvario.
Esse silêncio, com que me tomas, é incompreensível.