DESTINO, ESCRITO NAS ESTRELAS

*** fragmentos de um romance meu - Um romance com pintada de crimes, roubos, romances, triaiçoes, amizade, heroiSmo, provas de amor, comedia...(Conta a historia de Lucas que é obrigado pelo pai a abandonar a espanha a quem tanto ama, pra livrar a empresa da familia no Brasil da falência. Ele, ressentido, volta e aprende a amar o Brasil novamente, assim como aprendi o verdadeiro sentido do amor e do caráter, num proceso de restauração e mudança ardua, segue abaixo fragmentos de seus amores, paixoes e a virada do amor por uma unica mulher)***

(...) Lucio Fontana havia mandado sim um e-mail, pedindo o regresso com extrema urgência, só que ao lado de Lucas estava a sorte, ou azar, talvez.

Lucas já havia saído para fazer as suas andanças pela Europa. Viagens concedidas por seu próprio pai. No momento em que o e-mail corria eletronicamente, Lucas se deliciava num restaurante italiano ao lado de mais uma luxuosa mulher.

Quando ele faz estas viagens, pouco importa internet, celular ou coisas do gênero, para ele, de tecnologia só as mulheres que já vem preenchida com o avanço que a medicina as dá.

Por onde ele passava, uma amante era ficada para traz. E ele não passou por poucos lugares. Itália foi o inicio. Suíça, Alemanha, Reino Unido, França, Grécia, em cada país, uma aventura, uma amante, um perigo correndo em suas veias.

No leito destas mulheres, beldades, Lucas se enamorava e deixava se enamorar. Mas nenhuma chegava aos pés de sua Catharine, com quem ele arranjou um jeito de viajar ao lado pelo interior da Espanha.

O interior que a Espanha tinha era o interior que ambos sentiam de sentimentos nobres, autênticos um pelo outro, que os faziam esquecer do mundo afora e suas misérias. Para eles bastava apenas o interior de emoções vividas ao lado um do outro.

Lucas era um explorador de emoções, era um desbravador de regiões. Um nobre admirador dos castelos lusitanos e castelhanos, um chef apreciador dos pratos italianos e alemães... Era sempre assim a vida de Lucas. A mercê de sentimentos verdadeiros pelos castelos, monumentos e mulheres que existiam pela Europa.

Somente ao fim de alguns meses estaria de volta a Madri, sem se importar com o tempo que corria em suas mãos em passos largos quando estava a se deliciar em seus prazeres. Mas para o seu pai, que no Brasil sofria a crueldade da economia em decadência, não agüentava esperar por uma coisa que nem resposta obteve.

A escala toda dos prazeres e primores sensuais e frívolos foi percorrida por este herói mancebo e aventuroso. Lucas em uma década como cidadão, antes de tudo europeu, obteve amigos numerosos, solícitos e constantes; obteve muitos amores e paixões; obteve admiração de muitos pelo seu alento. Assim era a vida de Lucas. Festas, pessoas, viagens e amores.

Quando retornara a Madrid, ainda ficou mais dois dias sem mexer em sua caixa de e-mail. Ele queria se deliciar, ou até mesmo morrer nos braços de Catharine, morrer de amor, paixões, prazeres e desejos.

Acreditando viver no êxtase clímax de uma vida plena, ele é tomado por uma queda de entusiasmo quando se depara com o tal e-mail. (...)

(...) Aquilo foi como uma bomba explodindo dentro de Lucas. Logo ele, um apaixonado pelo Velho Continente, era praticamente forçado a voltar para ajudar o seu pai. Era uma faca apunhalando o seu peito.

Um garoto popular entre as garotas, como um amante, muitas mulheres o tinha amado até o delírio. Não havia como eliminar as cenas dos seus amores sem a chave dos seus aposentos como figura não importa aonde. Lucio Fontana, desejoso de ver o filho, escreveu novamente pedindo a regressão do filho ao Brasil. Mas Lucas já havia se tornado Europeu até a medula dos ossos. (...)

(...)Para Lucas, sair de Madrid era um enorme crime grave contra o pudor e o sonho de um rapaz. E a sua amada Catharine Perón? Por este assunto o fez demorar ainda mais para voltar ao país que nascera.

Ele foi um homem que vivera de amores fáceis e paixões de uma hora, exceto Catharine, que ele considerava realmente o amor real e verdadeiro de sua vida. Mas quem era esta tal de Catharine que prendeu o coração de um homem dado às paixões avassaladoras, corriqueiras e relâmpagos? E que de repente se viu preso na teia desta viúva – negra? (...)

(...)Não demoraria mais que cinco horas no Rio de Janeiro, tempo suficiente só para Roger se despedir de seus pais. Já sobrevoando os ares espanhóis, os olhos de Lucas brilhavam novamente. Era um brilho mais intenso e muito mais diferente dos brilhos de antigamente.

As luzes da noite se misturavam com o olhar fixo de Lucas. Os seus sonhos que pareciam estar perdidos haviam sido resgatados. Ele foi tomado por um êxtase quase incontrolável e que somente um verdadeiro apaixonado por aquela terra seria capaz de viver.

Era manifestada toda a sua querença de felicidade que só quem vive ou já viveu tal oportunidade poderia declarar de forma clara.

Assim que ele botou os pés em terra firme, Lucas só tinha algo em mente, rever Catharine. Mas ele teria que esperar o dia amanhecer. Só que esperar foi à única coisa que ele não aprendeu quando esteve no Brasil.

Estar de volta àquele lugar, dava-lhe uma potencia. Mas dizer que Lucas dormiu tranqüilo naquela noite, é demais. Ele ficou rolando de um lado para o outro, ansioso, esperando apenas que o dia comece para ele correr para encontrar Catharine.

- Bom dia, eu poderia ver a senhora Perón?

- Ela não se encontra...

- Aonde eu posso encontrá-la?

- Ela está presa há um mês!

- Presa? Não pode ser, a minha Catharine não! Vamos Roger, preciso ver a Catharine.

Catharine havia sido submetida a um julgamento, um tribunal impiedoso e nada do que os seus advogados fizeram, foi capaz de dar-lhe a liberdade. Sendo julgada e condenada, Catharine enfrentaria a humilhação de todos os lados.

Um julgamento impiedoso, sendo condenada, ao sair, se viu diante de inúmeros repórteres, microfones e flashs em cima dela e as algemas em seu pulso.

- Catharine?

- Lucas?

O reencontro era uma cena que palavras não eram úteis para ser contada. Palavras insuficientes, nem a barreira da liberdade que os separa era possível coagir um homem e uma mulher que se amam.

Catharine chorava de um lado, de maneira tão forte que soluçava; Lucas chorava também, mas não era um choro qualquer, ele se sentia culpado em ver a sua amada naquela situação.

- Catharine, me perdoa... Vejo-me pensando nos dias que eu perdi!

- Lucas, eu te amo, eu sempre te amei!

- Eu sei disto, eu que fui um ingrato, mas isto vai mudar. Estou aqui para viver este amor... Eu quero viver esta paixão novamente, ao seu lado, trilhei caminhos que não deveria prosseguir; vive momentos que não trouxeram para mim a felicidade que tive somente ao teu lado, mas eu voltei e vou provar que você é inocente. Vou te dar a sua vida de volta, você voltará triunfante sobre tudo e sobre todos que te fizeram passar por esta humilhação, eu te prometo!

- Ter você aqui comigo já é o suficiente!

- Eu precisava voltar aos teus braços, voltar para você, pois você sempre esteve ao meu lado e eu não me perdoarei se eu não conseguir provar a tua inocência... Nem que seja a ultima coisa que eu faça na vida.

- Vou sonhar! Descansar em teu carinho, ter de volta o meu sorriso. Não vou mais chorar, se Deus criou alguém para me amar. Sei que é possível, a liberdade vai ser possível, vou ter você de volta, não preciso mais procurar o que eu buscava, pois o que eu preciso é de você, Lucas, vem, me abrace, me beije, meu verdadeiro amor!

- Não quero te perder nunca mais, minha Catharine. Eu estava morrendo de saudades.. Eu também vou sonhar na nossa felicidade. Eu não vou procurar o que eu queria encontrar, pois o que eu procurava era um amor verdadeiro e eu te encontrei!

- Deposito o meu coração, os meus sonhos, a minha vida em ti... Vem, me abraça forte, me faça sentir segura novamente. Eu não vou te perder nunca mais!

- Eu também não quero te perder nunca mais!

Lucas tratara logo de viver e reviver um amor que tinha vivido com Catharine, não seria algo impossível. Um amor forte, caliente e imortal. Seria uma batalha difícil pela diferença que existia entre a prisão e a liberdade, mas Lucas estava disposto a tudo para ver a sua amada livre, dando a volta por cima. (...)

(...) A casa de Catharine se encontrava pequena para o numero de pessoas que esperavam por ela. Seus amigos e pessoas outras que seguiam de perto cada desenrolar desta história.

Catharine era só alegria, seus olhos brilhavam intensamente, pareciam uma estrela a reluzir incandescente, capaz de brilhar e raiar sobre a vida daqueles que ali se encontravam para recebê-la.

- Surpresa! - grita as pessoas que a esperavam.

- Meu Deus, - fala a exuberante Catharine, muito entusiasmada - vocês fizeram isto por mim?

O salão nobre de sua casa estava preenchida com magníficas flores do campo, das campinas espanholas, havia uma pequena orquestra que tocava as mais belas sinfonias que sempre encantavam e embalavam os festejo de Catharine.

Era um repertorio grande com Beethoven, Mozart, Stravinsky, Bartók, Chopin, Rachmaninoff, Hammerklavier, Brahms, Opus, Liszt...

Catharine se encontra contagiante no meio de todas aquelas pessoas. Ela estava de volta ao rol de grandes festas, rodeada por belas musicas, muitos admiradores e Lucas Fontana.

- Lucas, com licença, eu já volto...

- Tudo bem Catharine, eu estou aqui com os amigos em caso precise de mim!

A festa continuaria magnífica. A casa estava como há muito tempo não se via. Naquele meio existia muita gente que ela nem conhecia, mas ela sabia que eram admiradores e pessoas que torceram desde o inicio pela sua volta por cima.

Ela, admirava tudo que Lucas fez por ela. A orquestra, a música que tocava, os sorrisos das pessoas, o ir e o vir das pessoas, as mulheres desfilando os seus vestidos, e os homens e as suas roupas não tão de grifes como as vestimentas feminina.

Ela passeava pelo salão, analisando cada homem, cada mulher, cada jovem que a desejava e cada senhorita que a invejava, mas a admirava. (...)

Os dois amigos se despediram. A casa estava novamente vazia. Ele retornou para o quarto onde estava a sua amada. Ela tomava banho.

Ele a deixou a sois por mais algum tempo. Ele ficou envolto dos seus acontecimentos. Uma imensa tela de cinema da sua vida passou diante dos seus olhos. Ele se lembrou de muita coisa, só não se lembrou de mais porque foi interrompido por Catharine beijando-o o pescoço.

- Todo mundo já foi, estamos sozinhos...

- Quando você estiver eu nunca estarei sozinha, e quando eu estiver para você, você nunca estará sozinho também!

- Eu tenho um presente para você! Tome - entregando-a uma pasta - é o meu presente!

- O que é isto?

- Eu havia comprado tudo, eles são teus de novo. Você é a herdeira disto tudo, não seria justo tirá-los de ti... Deu um pouco de trabalho, mas são todos teus!

- Meus? Você fez isto por mim?

- E faria de novo... Pelo menos as casas são tuas de fato, a empresa é sua e mais quatro investidores brasileiros...

- Por que você fez isto por mim?

- Por que quando era eu que precisava, você fez por mim... O Roger me contou do que você fez em relação à empresa do meu pai. Você correu um risco, mas fez isto por mim!

Catharine refletia na grande decisão que tomou há muitos anos atrás quando viu pela primeira vez o Lucas. Ele seria o homem para quem ela se entregaria de corpo e alma, possivelmente porque é coisa do destino. Quando tem que acontecer, coisas que já são escritas nas estrelas.

Ela desceu e foi até o salão de sua casa. Seguida pelos olhos atentos do amado que respeitava o momento de reflexão dela.

Catharine olhava cada canto de maneira singular. As luzes no teto, os quadros na parede, o lustre, as imensas janelas e as cortinas de seda. Olhava destemidamente para a escada, para a porta que dava acesso à outra sala e o imenso escritório e os seus livros. Ela refletia e Lucas ficava só à distância, observando como ela se sentia ao ver tudo de maneira diferente. O seu olhar mostrava mais amor à vida e à liberdade, muito mais do que ela dava antes.

- Lucas, eu olho para este salão, foi aqui que eu te conheci... Sempre cheio e hoje, como está? Um salão completamente vazio... Mas eu quero modificar isto!

- Você quer mais festa? Muitas pessoas de novo?

- Não, eu percebi que estas pessoas são falsas. Estas mesmas pessoas que me admiravam e elogiavam, foram os primeiros a me deixar quando os problemas apareceram. Eu quero outro tipo de multidão, pessoas que sejam humildes, sinceras, inocentes, genuínas... Que tal crianças?

- Crianças?

- Sim! Só que serão as nossas crianças... Meu sonho é ser mamãe...

- Com um pedido como este, não há como dizer não! Sabe que eu gostei da idéia?

Lucas a levantou no colo e carregou-a para o quarto imenso que os esperava. Os amantes de antigamente haviam sido unidos novamente em corpo, alma e mente.

No quarto imenso, a cortina de seda branca que balanceava de acordo com a dança dos ventos, uma brisa amena que deixava o clima do reencontro mais único, especial e atraente. O quarto levemente iluminada com um abajur do lado da cama preenchia o momento de Catharine e Lucas.

“É ela!” - era o que Lucas pensava - “Ela continua linda e maravilhosa, a minha eterna amante!”

Catharine observava-o se despir, até que chegou a fez dela... Aquela pele brilhante, sobrancelhas finas e arqueadas, os olhos azuis davam o tom de desejo.

Ela tirou o longo vestido que deixou descer sobre o seu corpo. Bem devagar, ela tira os sapatos, as meias e solta os longos cabelos pretos intensos, fechando os olhos e balançando a cabeça de acordo com os ventos a brincar com os seus cabelos.

Lucas contemplara o seu esbelto corpo - “Ela continua linda!” - pensa ele, estendendo os braços para enlaçá-la. Catharine pode sentir o prazer tomar-lhe conta, era a felicidade novamente. Corpos unidos, Lucas beijava os seus lábios loucamente, como o mesmo desejo de quando se envolveram pela primeira vez e o ímpeto do amor não era possível decifrar.

Catharine sentiu que o seu coração disparava incontrolavelmente, um ímpeto gozo de felicidade assumiu a forma humana de Lucas e Catharine. Depois que ambos se esgotaram pela noite adentro, ficaram deitados juntos, enlaçados.

Ela não lembrara a ultima vez que sentiu tamanha felicidade, mas se lembrara de como era feliz com Lucas.

Ela havia adormecido nos braços do seu amado enquanto Lucas, com os olhos fixos no alto, sua mão acariciando os cabelos de Catharine... (...)

***by: Jonatas Alberto

***Pseudonimo: John Peter Parker / John Lion