Minhas Mãos- rondel




Essas Mãos enrugadas... Estão trêmulas.

Não conseguem sequer pegar as xícaras;

Um ai... Cai no chão; devem limpar as máculas,

Esconder-se da sede nada rara...

Retém o choro triste, não se anula...




Essas Mãos hoje choram por aparas...

Tanta futilidade tudo anula...

Quer beber os seus sonhos nessa ara;

Essas Mãos enrugadas!




À procura de um tempo que circula,

Hoje é criança frágil na seara,

Sem notar que essa ruga não macula

O corpo da alma aflita, nem separa

Desejos grandes, simples e, deambula...

Essas Mãos enrugadas!



MVA
Enviado por MVA em 07/07/2009
Reeditado em 07/07/2009
Código do texto: T1686289
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