SALVO CONDUTO

Deitem-me ao meu sepulcro,

Sem discursos ou oferendas.

Se puderem me defendam,

das injurias que me imputam.

Já me isentei das contendas,

Não levarei salvo conduto,

Deitem-me ao meu sepulcro,

Sem discursos ou oferendas.

Pois esta carne não dá lucro,

Alimentará muitas centenas,

Já a minha alma impoluta,

Com sigo há de levar centenas ,

Deitem-me ao meu sepulcro.

Nota aos leitores: a partir de hoje usarei também o modelo poético Rondel

Para externar as minhas inspirações reais ou ficcionais.

LUSO POEMAS 04/12/14