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Pintura expressionista de De Kooning,
artista holandês.





ABSOLUTAMENTE
                 
                  Lembrando os meus mortos,
                  parentes, amigos e amantes
                  sobreviventes e displicentes.

 

Em nada, absolutamente,
dói em mim a solidão;
não sendo grande presente,
vem-nos de beijada mão.
 

Convivo com seu bordão,
que, se me não põe contente,
em nada, absolutamente,
dói em mim a solidão.
 

É companheira patente
no viver de um ermitão.
Às vezes, faz-se eloquente:
em ninguém dá convulsão,
em nada, absolutamente.

 

Fort., 02/11/2012.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 02/11/2012
Código do texto: T3965006
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