Ele me deu um poema
De tudo que ele escreveu, a mim ele deu um poema,
esse foi meu, não há dúvida nem sombra de engano,
eu estava ali, altiva, plena e completa, no seu tema;
era eu, a que o amou e teceu em magia o seu pano.
Não estava reescrita, nem era a que lhe causava dano,
me mostrou linda e me versou em absinto e alfazema.
De tudo que ele escreveu, a mim ele deu um poema
esse foi meu, não há dúvida nem sombra de engano.
Figurei como a atriz perfeita e bonita do seu cinema,
antes que me apagasse e me negasse em desengano;
fui sua mocinha, a diaba, uma Bardot: bela e suprema,
onde comemorou um marco do meu escrito mundano.
De tudo que ele escreveu, a mim ele deu um poema.
Sampa, 08.04.2008
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