O CASÓRIO DE ZÉ BENTO (comédia teatral) ATO 1

Gediana vem da cacimba, com uma cabaça d'água, quando Zé Bento "atalha" seu caminho. Gediana - toda menina quando esquece da boneca/é sinal que o amor já chegou no coração...ela só quer, só pensa em namorar. Zé Bento - Gediana! Gediana - Ai, credo! Vá assustar o cão, seu cara de alma! Zé Bento - meu chá-de-burro com canela, eu tava por demais com vontade de te ver, num sabe! Gediana - Sei não, lazarento, o que tu quer mesmo comigo? Zé Bento - Eu vim pra namorar contigo, uai. Gediana - Que ideia mais infitética é essa agora? Num sabe que meu pai proíbe que eu namore, se ele te escutar falar estas arisias te retaia, alesado. Zé Bento - É só não contar pra ele, minha paçoquinha de amendoim. (tenta abraçar Gediana e ela derruba a cabaça que se quebra) Gediana - Vixi Maria, tu quebrou minha cabaça, vou falar pro meu pai. Zé Bento - Pode falar para aquele velho cagão, sua língua de trapo. Não tenho medo dele mesmo. Gediana - Pois espera aqui se for homem! Zé Bento - Tô esperando!