Angústia
A essência imaterial se agita e se consome
Na ânsia maldita de um sortilégio infortuito
Buscou, cansou da estrada longa e insone
Com muito afã tentou alcançar o seu intuito.
Oh! Existência vil. Oh! Vida caprichosa
Brinca e se diverte com meu estado febril
Não há dignidade não há vida honrosa
Que lhe recompense um dia na idade senil.
O seu maior desengano é a alma compungida
que se derrete no dilema do EU em desespero
e rompe, e sente, e escangalha a antiga ferida.
No último movimento que encena frente ao erro
De acreditar que em sua existência maldita
Teria lugar para mais um no próprio desterro.