Absinto
O que faz da vida um sonho terminado
e envolve de sombras a alma fatigada?
O que faz do sonho um pensar logrado
e envolve de desistência a alma cansada?
O que faz do homem um nada no escuro
e arrebata a sua essência de construção,
e conduz o seu curso na imprecisão
de um momento nefasto e obscuro?
O que faz do ser um trapo sem paixão
pela vida, pelo sentir da esperança
na sensatez objetiva da pura razão?
Quando assassina o gene de criança
que lhe faz pulsar na simples emoção
tem, no absinto, a sua única pujança!