MARGEANDO!
Ensaio de medo é a noite com seu manto
enquanto espera a lua surgir exuberante
para recolher em sua aura o meu pranto
do lamento triste que faz de mim infante.
Enquanto seu véu de prata absorve a dor
a poesia forma e se transforma em elegia
expressanto sutil o meu canto, minha flor
do jardim do seresteiro, a eterna fantasia.
Espero incansável pelas luzes do arrebol,
espero confiante o despertar da luz maior
que tinja de dourado os raios do meu sol.
E nessa espera incontida eu vou seguindo
ciente de que não poderia haver nada pior
do que perceber a luz do sol se extingindo!