Via de Escrita

Parte um sonho sem rumo escolhido,

Pois não lido na sobra do dia

A poesia que cobra um partido,

Por mim tido um resumo sem guia.

Nesta via que passa em manobra,

Uma cobra é o sinal que presumo:

Eis que fumo o jornal nesta obra,

E que a dobra se faça consumo.

Pois assumo que escrevo o meu mal

No varal do poema caduco,

Entre muco e um tema sem sal,

Ao final do que devo e educo.

E retruco, e oponho o problema,

Neste esquema tristonho que atrevo.