O vôo sobre o caos
Crê no doce amor e na paz tranqüila
Tece tua voz e canta o vasto universo
A messe sorri, esplêndida, à luz do verso
Enquanto a beleza sua alvorada destila.
Foge do pranto, muro de baixa argila
E na alegria triunfa, em paz emerso
Te oferece a ocasião o céu submerso
No olhar; a perfídia da atroz sibila
Não te tolha a esperança do amor, manifesto
Na carne, a escoar de era sobre era
Nas harmonias imortais, renovadas, da esfera
Não é pouca ventura livre de cabresto
Ter canora voz e voar sobre o caos
Do mundo vil dos sentimentos maus.