Labirinto de emoções

Na loucura do pensamento enlouquecido eu vou sozinha

por entre as veredas do meu inferno interior me consumo

não me sinto mais eu, estou perdida, sou erva-daninha...

retrato vivo do fracasso, viajante sem destino, sem rumo.

Na esquina da vida ainda espero a redenção da minha dor

quero paz, quero cantar a gratuidade da existência falaz,

quero ter de volta a minha tranqüilidade, o meu esplendor,

preciso ir em frente, sem me deter, sem olhar para traz

No ermo caminho a que sujeito a caminhada taciturna

vou seguindo, na estrada não há volta, não há retorno...

na esperança de ter mais segurança na próxima curva.

Quero revelar o meu pranto guardado, quero ser frágil,

despir a carapaça da fortaleza que é meu estorvo

e em liberdade deixar que a alma voe ágil.

Nísia Maria de Souza
Enviado por Nísia Maria de Souza em 04/06/2008
Código do texto: T1019366