O amor é...
O amor é a fonte que jorra copiosa lágrimas de saudade,
é a realização plena do irrealizável, do sonho ora latente
e que, sem jamais ser, faz a alma viajar na infelicidade,
e na vida sem jardim está na força mágica da semente.
O amor é a fonte dos desejos carnais mais escondidos,
é o anjo, maluco e cabuloso, da fantasia mais ousada,
é o desespero que veste de dor os corações envolvidos
na sua ânsia de floração, primavera colorida e perfumada.
O amor é água corrente que se renova na enxurrada
e se perde na aflição dos dias sem o calor presente,
e se esvai como o fluido da vida em sangria desatada.
O amor é decepção que traz consigo o medo da morte,
morte essa que, na separação, é a angústia crescente
e entrega cruel, a fragilidade da alma, à sua própria sorte.