Nirvana
Teus lábios, em perjúrios e gemidos,
Versejam como em forma de oração,
Descerram as cortinas da libido,
Tu unges minhas curvas com tuas mãos.
Calor do ventre teu nas minhas ânsias
Inflama nossos corpos que se arvoram,
Envolvem-se e preenchem reentrâncias,
E em êxtase teus beijos me devoram.
Os músculos que moldam tua nudez
São másculos, são fortes, sumarentos.
Me guardas e eu sei que não te cansas
Dos frêmitos e abraços sonolentos.
Ao fim dessa sublime e insana dança,
Repousas em tua plácida altivez!