Sal

Em teus prados, colinas e desertos,

E na vasta floresta de teus pelos

Passeiam minhas mãos, lábios abertos,

Na glória de apalpá-los e mordê-los.

Nesses vales brotam botões de flores

Tão belos, tão maduros, tão devassos.

Espalham-se e perfumam meus langores

Absinto que embriaga e deixa traços.

Eu te sorvo e te provo calmamente,

Deixo marcas, vestígios dos meus dentes,

E o sal do teu suor mata minha fome.

Nós somos macho e fêmea nessa dança,

Bailamos sem pecado ou temperança.

- Chama acesa e fagulha que não some.

Magmah
Enviado por Magmah em 16/06/2008
Código do texto: T1036554
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