Meu Amado Perverso

Não é por mal que tanto me maltrata,

é sua forma de me fazer carinho...

Sei que me usa, abusa e no fim descarta,

mas me deixa beijar o seu caminho!

Sou mais uma na sua mesa tão farta

sendo contente como passarinho...

por mimar o meu justo aristocrata,

até no seu menor desejozinho!

Pois trancada na dispensa a espera,

Entre rodo, vassoura e bebida,

Tenho uma função que sempre quisera..

A de serviçal útil e querida,

realizando assim a maior quimera:

encoleirada toda minha vida.