Soneto Vigésimo Sexto

E então: onde eu estarei agora?

Já passou o momento de ir,

minha eloquência é apenas mentir.

Para onde eu irei embora?

Para onde, para onde... nesta hora

em que o passado começa a pedir

o ópio de viver as mentiras e sentir,

o quanto chorei por estar de fora...

Sinto-me mais envelhecido nestes dias

e minhas lágrimas se refletem na poesia;

minh'alma voa solitária sobre o mar de desamor.

Mas a verdade nos versos de conto de fadas

não refletem o todo puro contido em minh'alma

e me escondo, discreto, no meu âmbito de dor.

Valdemar Neto
Enviado por Valdemar Neto em 22/06/2008
Reeditado em 22/06/2008
Código do texto: T1045808
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