Quadrilátero

O preço de uma história sem passado,

É o fado de uma vida que não passa

E enlaça a tal ferida, sorve tudo,

Contudo na memória muito resta.

Na fresta o vento pede o seu convite

Que emite além da porta um só vazio.

Há um fio que a mim corta, então padeço

No rio que antecede o meu começo.

Limite fora a estrada com seu frio,

E nesta longa essência há quem habite

O escudo de aparência que ora empresta

A massa condensada em pasto mudo,

Que é dado a quem quiser , servido em taça,

No apreço da mulher por seu amado.

Amargo
Enviado por Amargo em 27/06/2008
Código do texto: T1053484
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