SONETO DE UM PASSEIO VÁRIO

SONETO DE UM PASSEIO VÁRIO

Se qual perfume em cujo olor, surpresa

Anseio estar um tanto quanto louco

Vem a energia em destrambelho acesa

Regar-me inteiro que indizível é pouco

Aspiração, ar penetrante à mesa

São os caprichos em que não me poupo

Acaso enlevo como tal nudeza

Me pense a entrega, e então o fogo douto

Numa panela que as misture enquanto

As carnes tenras à pele em furor

O aroma em ímpeto apaixone tanto

Goze senhor de resolver calor

Próprio verão a encerrar-se manto

Como se diz a tal palavra amor

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 01/07/2008
Código do texto: T1060112
Classificação de conteúdo: seguro