Valsa
Não há vento passado ou permuta
Que na luta resgate a bonança.
Sem a dança o embate disputa
A mais bruta no lado que avança.
Quem não cansa padece em combate,
Sem que mate ou recaia jurado.
É qual gado sem laia e rebate
Por quem cate da messe um trocado.
No seu brado o tormento é cobaia,
Que sem praia vagueia e apodrece.
Já não tece na veia a tocaia,
Pois a vaia o lamento merece.
Vai e cresce por si, vai contento,
Não sê lento nem caia na prece.