PARA QUE PARTIR?
Não me diga adeus, nem até breve. Para que partir?
Se ficar é bem melhor para nós dois, minha querida;
Se vais, saudade dói, em mim e em ti, pois a partida,
É essa coisa triste, que maltrata, sufoca. Para que ir?
Então peço: Não vás, é bom o aconchego do abraço,
É divino, sublime, quando adormeço em teu regaço;
E sinto teu corpo bem junto ao meu assim entregue,
Tua caricia de leve em meus cabelos. Não, não negue...
Para que partir? Toda ida requer tristes despedidas;
Ficam lembranças, as emoções suspensas na partida,
Não se tem a presença real, apenas doce imaginação.
E viver de pensamentos, de sonhos com a ausência,
É somente para maltratar o corpo, mente e coração.
Então peço. Não vás. Fica. Dá-me essa tua anuência...