PARA QUE PARTIR?

Não me diga adeus, nem até breve. Para que partir?

Se ficar é bem melhor para nós dois, minha querida;

Se vais, saudade dói, em mim e em ti, pois a partida,

É essa coisa triste, que maltrata, sufoca. Para que ir?

Então peço: Não vás, é bom o aconchego do abraço,

É divino, sublime, quando adormeço em teu regaço;

E sinto teu corpo bem junto ao meu assim entregue,

Tua caricia de leve em meus cabelos. Não, não negue...

Para que partir? Toda ida requer tristes despedidas;

Ficam lembranças, as emoções suspensas na partida,

Não se tem a presença real, apenas doce imaginação.

E viver de pensamentos, de sonhos com a ausência,

É somente para maltratar o corpo, mente e coração.

Então peço. Não vás. Fica. Dá-me essa tua anuência...

Lúcio Astrê
Enviado por Lúcio Astrê em 04/08/2008
Código do texto: T1111719
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