Soneto do Corsário II

Navego por mares da cobiça injusta

Uma rota de maldições púrpuras

Enraizadas nos conluios e nas juras

Encomenda da maldade que custa.

Velejo o oceano da solidão entregue

A uma ilha cheia de morte e criaturas

Funesta, lúgubre, infectas sepulturas

Sangüínea e bestial no mar consegue.

Uma peste incurável singra a vida

Numa noite escura na bruma urdida

Pelo senhor dos mares o feroz Netuno.

Fúria incontrolável no coração

No teu âmago a infeliz perdição

Sanguinária do delito soturno.

Dr Dmitri
Enviado por Dr Dmitri em 16/08/2008
Reeditado em 13/09/2008
Código do texto: T1130915
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