Vida Morte
Vida Morte
Pensava eu - se é que ainda penso –
Em como fazer para ouvir tua voz.
Misturei meus sonhos no mesmo lenço,
E a saudade me abraçou feroz.
Era um louco, sem tino e nem senso,
Com o desvario a decidir por nós.
Até sorria, com o sofrer apenso,
Fazendo amiga meu maior algoz.
Já vai longe o passado sombrio
Que hoje atormenta-me o norte.
São tantas gotas, já não sei se rio,
Ou emudeço ansiando a sorte.
Ouvir tua voz aqueceria o frio,
Me livraria dessa vida-morte.