Meros Arquejos

Há veios de anseios nas aras

Dos parcos e esparsos solfejos

Que entôo, em notas tão caras

Qual súplicas, meros arquejos.

Procuro canções em searas,

Aquelas que sinto e que vejo;

Que cheguem-me puras e claras

E banhem-me a alma no ensejo.

Somente as encontro em escaras,

Sem lira, sem rimas... sobejos...

Canônico som que não pára,

Que fere os ouvidos sem pejo,

Avilta a ferida e não sara,

Transforma o suspiro em bafejo.

Magmah
Enviado por Magmah em 23/08/2008
Código do texto: T1142120
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.