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Quanto, enfim, me tocares com a boca,

meu corpo responderá e, inteira louca,

me entregarei ao teu corpo de homem,

rendida aos desejos que me consomem;

Quando, enfim, me levares àquela lua,

travestida aos sonhadores e mais nua,

me colocarei à mercê do teu destino,

me oferecerei densa e tesa, sem atino;

Quando, enfim, me tomares aos goles

- nos meus frêmitos de descontroles -

eu me deixarei ficar, exaurida de ardor.

Quando, enfim, me disseres a que veio,

te embalarei com carinho em meu seio

e te chamarei, bem baixinho, de Amor...

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