Poética
Teu níveo corpo é como se fosse,
O mais poético e suave jardim,
Exalando uma fragrância doce...
Como belas flores feitas de marfim.
Alvíssimas, idílicas, castas flores...
Oh! E contemplativa de frente a mim,
Os teus olhares monopolizadores,
Causam-me muita dor... dor sem fim!
Oh, flor!... por que nutrir tanto repúdio?
Oh, soneto... meu último refúgio!...
Um templo à minha musa poética...
Musa angelical... e inatingível!
Síntese deste amor impossível,
E de minha poesia patética...