Um não saber

Confundo, por meus pejos, meus almejos,

Não sei se posso ter só porque penso.

Deixando assim os gostos em suspenso,

Também não sei medir os vãos desejos.

Qual rosa que viceja e torna bela

Manhã e tarde, cheia de esplendor,

Mas perde sua beleza ao sol se pôr,

Por não saber deixar de ser singela.

Então bem mais que o fausto eu me imponho,

E quero aquilo que não é solene,

Porém também que fuja do enfadonho.

Dirijo-me ao caminho mais perene,

Buscando a eternidade além do sonho,

Pois temo escorregar em solo infrene.

Magmah
Enviado por Magmah em 05/09/2008
Reeditado em 09/10/2009
Código do texto: T1162690
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.