RUBRAS RAZÕES
Deliras sob o algoz, eu gemo ao te habitar.
Vivemos sempre assim, com as línguas trocadas
embalando a avidez, e querendo gozar
despidos do pudor, as ânsias desgrenhadas.
Nas noites de explosão vestimos só o luar,
voamos pelos céus nas cópulas ousadas,
e o cosmo desse amor culmina na estelar
viagem do prazer que molha as madrugadas.
Gosto de ti assim, dançando no convexo,
e sei que amas também sentir o membro grosso
vibrar dentro de ti sem senso, freio, nexo.
As marcas que a rigor deixamos no pescoço
são para demarcar a posse pelo sexo,
e para declarar o orgasmo que é só nosso.