Desculpa Assimétrica

Terça parte da culpa que sinto,

Inda minto a culpar outro quem.

Sei tão bem aceitar olho tinto:

Eis um cinto em desculpa, amém!

Vou além deste verso sem graça,

Noutra praça, outra folha cair.

Meu fugir é a escolha da traça,

Pé que passa no imerso existir.

No cair do que é noite semente,

Trace rente uma linha, conduta,

Pois cicuta na vinha, no dente,

É tão quente um açoite na luta.

Em permuta desejo a outra rima,

Tal enzima do beijo que exerça.

Amargo
Enviado por Amargo em 26/09/2008
Código do texto: T1198043
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.