ATÉ SEMPRE

Precisava bradar que não te esqueço...

Isto faço sem pejo de dizer-te,

pois, gostando de ti, desde o começo,

te perdi, sem retorno, e me perdeste.

Meu viver, já sem ti, foi pelo avesso,

e a ventura, sem fim, seria ter-te...

Agora, faz-se pétreo o meu tropeço

nos degraus do suplício de esquecer-te.

Olvidar-te não posso, todavia,

e sabes quão traduzo o que pressinto,

em face da ilusão que nos unia.

Lá, um dia, terás de mim saudade,

como de ti lembranças vãs eu sinto,

até sempre, e, talvez, na eternidade!

Fort., 30/09/2008

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 30/09/2008
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