PERDIDA INOCÊNCIA

Ao vê-la neste antro, meiga e bela,
Recostada nesta poltrona de vinil,
Fiquei observando você, de perfil,
Para recordar-me daquela donzela.

Tinhas o resplandecer da inocência,
Em teus trejeitos mostravas fineza,
E alem do mais, tinhas uma beleza,
Que refulgia além da tua aparência.

Lá da porta, de longe tive a certeza,
Que era você  aquele vulto celestial
Mesmo aqui, continua uma princesa.

Ainda conserva aquele ar angelical,
Embora não tenha mais sua pureza,
E já mostra sinais, dum novo visual.

Marco Orsi