MUSA

Oh! Musa inspiradora, divina,
Flor tu és majestosa e bela,
Não temes do mar a procela,
A qual com teu olhar eliminas.

Ficas presa em minha retina,
Tal qual a inebriante donzela,
E neste mar eu sinto que ela,
Embriaga-me, ofusca e alucina.

Cruel destino este meu agora,
Que tenta, em vão te encontrar,
Pelas veredas do mundo afora.

É meu lamento, único, singular,
Saído do coração, que chora,
E no qual tu acabas de pisar.

Marco Orsi