O CRAVO E A ROSA!
O que me ronda a alma é a solidão no beijo,
que arrisca uma lágrima, se cristaliza e dói,
dói como punhal que dilacera a carne e destrói,
destrói o sonho latente e pulsante de desejo.
O que não ouvem os ouvidos atentos, sequiosos,
são como dardos fatais que perfuram o coração
e esfacelam em um mosaico os pingos de emoção
que se esfumaçam nas árias da cantata, dolorosos.
São de escarpas pontiagudas os meus caminhos
e se diluem na confusão de ser tão infeliz assim
pede tão pouco, quase nada... Deus! Só carinho!
Tudo pode estar consumado de forma cruel
paira no ar o aroma e a beleza da flor carmim
que se entrelaçou um dia no cravo, seu menestrel!