O CRAVO E A ROSA!

O que me ronda a alma é a solidão no beijo,

que arrisca uma lágrima, se cristaliza e dói,

dói como punhal que dilacera a carne e destrói,

destrói o sonho latente e pulsante de desejo.

O que não ouvem os ouvidos atentos, sequiosos,

são como dardos fatais que perfuram o coração

e esfacelam em um mosaico os pingos de emoção

que se esfumaçam nas árias da cantata, dolorosos.

São de escarpas pontiagudas os meus caminhos

e se diluem na confusão de ser tão infeliz assim

pede tão pouco, quase nada... Deus! Só carinho!

Tudo pode estar consumado de forma cruel

paira no ar o aroma e a beleza da flor carmim

que se entrelaçou um dia no cravo, seu menestrel!

Nísia Maria de Souza
Enviado por Nísia Maria de Souza em 29/10/2008
Código do texto: T1255398
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