Eu...!

Eu sou o que soa no murmúrio do mar,

sou o cajado transformado em sinal,

sou a ilusão da poesia em seu ideal,

sou o sorriso que mais parece um esgar.

Que importa quem sou? Vã ilusão de mim

Oh! Vão também é o pensamento infante,

retrospecto de vida que se contorce amante

no simples resultado da lembrança, meu jardim.

No silêncio do meu coração que se corrompe

e na essência mais louca da solidão aflita

vou seguindo verso a verso a minha desdita.

Ah! Doce desejo de ser feliz, não esconde

a peregrinação da saga sem resultado positivo

que vai lentamente nas raias do meu castigo.

Nísia Maria de Souza
Enviado por Nísia Maria de Souza em 30/10/2008
Código do texto: T1255593
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