CHUVA DE VERÃO!
Apesar do verão e o sol causticante
Incansável assanhar o calor que inebria
a alma cansada e vestida de poesia
Sempre existe a chuva incessante.
E essa chuva que lava o sonho
Pela sarjeta, levando os escombros
Pesa o fardo molhado sobre os ombros
com o seu canto rítmico e medonho.
Chuva que tem a força da vida
E faz na solidão germinar a semente
Não é justo dizer o que se sente...
Quando seu punhal abre a ferida
E as gotas malditas de seu manto
Molham a face e escondem o pranto.