O FIM DO MUNDO
Mesmo que o mundo se acabe
Que a terra se vista em fumaça
Que se perca de vista a luz
Mesmo que não se viva para ver
Ficará em mim a marca
De um bem que jurou me querer.
Mesmo que as juras não sejam verdadeiras
Que delas derrame o sangue sagrado
Que exploda no ar o veneno hostil
Que dele saciamos nossa sede
Mesmo que calem a nossa voz
O meu grito ecoará no universo
Chamando o bem que jurou me querer.
Mesmo que a vida abandone os mares
E que a noite eterna se torne
E nos campos que outrora repletos
jazem em desafeto
Ainda assim brilhará no horizonte
A luz viva do meu viver.
Que acabe a dor
Que acabe a inveja
Que acabe a injustiça social
Que acabe FHC, ACM, FMI
O Palácio das Indústrias imundo
Que acabe o bumbum do capeta
O pinto do Vampeta
Que acabe o mundo
Pois eu não quero mais viver
Sem os carinhos do meu bem querer.
Escrito em 09 de Agosto de 1999.