A CRIANÇA da esquina
Quão pura inocência, tens tua alma
Que nos olhos simples de menina
No deleite da maldade na esquina
Sem bonecas se aproxima...
A criança desse século, na esquina
Que nos lábios simples outra cor
No descaso dos poderes sobrevive
O que esperas nessa esquina...
Que encobres a pureza de menina
E descobres a malícia nesse tempo
Sem presente, sem destino...
Na vergonha desse século a menina
Que dissipa a beleza inocente
Sem destino, sem presente...