Labirinto!

Enquanto eu ouvir o canto do bem-te-vi na alma

e em meio à sombra de suas asas eu me esconder

sentirei a brisa suave do amor que me acalma

vinda do sentimento do mar, vinda do meu padecer!

E quando a chuva romper com seu véu a serenidade

adquirida no esforço sobre-humano em busca da paz

as águas furiosas hão de arrastar com intensa maldade

toda a seiva que a vida em meu peito triste se refaz.

O meu sonho de ser apenas eu no meio de meu sonho

se desvanece a cada dia e cada minuto se escoa em vão

e eu vou seguindo a trilha do arco-íris e me exponho...

Exponho-me ao sabor da luz maviosa do sol nascente

e sigo a lua que prateia com seus fios o meu coração

e continuo a seguir feito autômato, a estrela do oriente.

Nísia Maria de Souza
Enviado por Nísia Maria de Souza em 28/11/2008
Código do texto: T1307147
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