Labirinto!
Enquanto eu ouvir o canto do bem-te-vi na alma
e em meio à sombra de suas asas eu me esconder
sentirei a brisa suave do amor que me acalma
vinda do sentimento do mar, vinda do meu padecer!
E quando a chuva romper com seu véu a serenidade
adquirida no esforço sobre-humano em busca da paz
as águas furiosas hão de arrastar com intensa maldade
toda a seiva que a vida em meu peito triste se refaz.
O meu sonho de ser apenas eu no meio de meu sonho
se desvanece a cada dia e cada minuto se escoa em vão
e eu vou seguindo a trilha do arco-íris e me exponho...
Exponho-me ao sabor da luz maviosa do sol nascente
e sigo a lua que prateia com seus fios o meu coração
e continuo a seguir feito autômato, a estrela do oriente.