Poeminha

Não te amo em glicose ou excesso,

E não meço o que sinto, passagem.

Se na aragem do extinto regresso,

E há recesso na dose ou paisagem,

De miragem me entrego, não minto,

Tão faminto, eu desejo: me prose!

Se entrose, ao que vejo, absinto.

Já que eu finto seu ego, se pose.

Simbiose é o que escolho e almejo

Em lampejo infinito é o que alego

Sem ser cego conflito ou cortejo,

O que vejo, que acolho, que lego,

O segrego em meu peito a granito:

Não hesito a seu jeito que clamo!

Para Eliane, como sempre.

Amargo
Enviado por Amargo em 28/11/2008
Código do texto: T1307528
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