Poeminha
Não te amo em glicose ou excesso,
E não meço o que sinto, passagem.
Se na aragem do extinto regresso,
E há recesso na dose ou paisagem,
De miragem me entrego, não minto,
Tão faminto, eu desejo: me prose!
Se entrose, ao que vejo, absinto.
Já que eu finto seu ego, se pose.
Simbiose é o que escolho e almejo
Em lampejo infinito é o que alego
Sem ser cego conflito ou cortejo,
O que vejo, que acolho, que lego,
O segrego em meu peito a granito:
Não hesito a seu jeito que clamo!
Para Eliane, como sempre.