Árido
Confuso no árido adágio de Atena
Acreditar mudo nunca satisfaz
Querer incerto na estrutura mordaz
Diva da astúcia que faz mover à pena.
Nas dunas do Gobi da solidão fiel
Arquitetura do mal impregnado
Desculpa insulsa de um ignorado
Incessante desejo do poeta infiel.
Na pluviose árida do deserto a areia
Aspecto entristecido do mal na veia
Delirante amor pela poesia à Gisa.
Mais valia ter morrido desta guisa
Buscando vidas em cada novo olhar
Lágrimas de um mortal no rosto a molhar.
DR PAVLOV