Sonho de uma noite de verão
 
 
Ensaboados naquela banheira
os corpos nus se brincavam na espuma.
Preocupação não havia nenhuma
porque se amavam de toda maneira.
 
Havia o vinho (e a bebida que assuma
os loucos atos sem eira nem beira).
Nem mesmo a água apagava a fogueira,
que nas borbulhas não queima; perfuma!
 
O doce vinho era de outro sabor
pois misturava-se ao gosto do amor
que se abrigava no meu paladar.
 
Quase explodindo de gozo e furor,
eis que acordei, para meu dissabor.
Você não tenho! Só posso sonhar...