Sem rimas
Não há lua que entenda meu dia,
Nem poesia que escute esta rua.
Tão mais nua, se lute por cria,
Sem que ria da emenda que crua.
Vai e flutua no passo e debute,
Mas ampute, na sobra, na lenda,
Pai da prenda, manobra: labute!
Ás do embute no traço de renda,
Sê na venda um olhar e soçobra,
Quando cobra desejo em mormaço.
Vê que laço não vejo tal sobra,
Mando a dobra do mar estilhaço.
Crê palhaço que atua em bordão,
Brando pão e construa o refrão.