Sem rimas

Não há lua que entenda meu dia,

Nem poesia que escute esta rua.

Tão mais nua, se lute por cria,

Sem que ria da emenda que crua.

Vai e flutua no passo e debute,

Mas ampute, na sobra, na lenda,

Pai da prenda, manobra: labute!

Ás do embute no traço de renda,

Sê na venda um olhar e soçobra,

Quando cobra desejo em mormaço.

Vê que laço não vejo tal sobra,

Mando a dobra do mar estilhaço.

Crê palhaço que atua em bordão,

Brando pão e construa o refrão.

Amargo
Enviado por Amargo em 23/12/2008
Código do texto: T1349807
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