Sou do Diabo cria imunda

Sou do Diabo cria imunda, podridão,

A decadência me estimula ao mal.

Sou filho da ilusão, farsa carnal,

Decadência amanhã, putrefação.

Então, que sou aqui nesse grande abismo?

Massa de vermes, átomos. Essência

Dantesca essa sanguínea efervescência,

Amálgama do humano falicismo.

No futuro cadáver, serei nada,

Voltarei para estados decadentes,

Os vermes devorarão até meus dentes.

Já não haverá carcaça lá enterrada,

Será uma atômica explosão, mentira

Do mentiroso mundo se retira.

Daniel Tomaz Wachowicz
Enviado por Daniel Tomaz Wachowicz em 23/12/2008
Reeditado em 26/02/2015
Código do texto: T1349823
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