O perdido continente

LEMÚRIA

Lemúria! Evoco-te nesta alva taça

junto a estas folhas sobre ti escritas.

Assomam vultos de sutil fumaça...

Rudes contornos...formas esquisitas...

Lemúria! Vejo-te: que luz escassa!

e que serras! Parecem mãos aflitas

rasgando o véu de neblinosa massa.

Lemúria! Multidões de hermafroditas!

Agora os vejo a saltar ditosos,

corpos amarelados, vaporosos,

braços longos demais e frontes finas...

-Lemurianos, raça primitiva!

Eu sinto dentro d'alma a ânsia viva

de viver como vós, com o olhar em Jinas.